A OPINIÃO DO
APÓSTOLO PAULO:
Paulo, que era conhecido como Saulo de Tarso, foi um grande
perseguidor da Igreja Cristã, mas a caminho de Damasco, ele se deparou com
Jesus, ficando cego por alguns dias. Saulo foi curado, e se tornou num grande
apóstolo. Paulo evangelizou autoridades que se converteram, como, por exemplo,
o procônsul Sérgio Paulo, e o carcereiro de Filipos. Há provas históricas que
comprovam que Sérgio Paulo se converteu e permaneceu no seu cargo público, pois
há registros que mostram que ele governou Chipre durante três anos. O próprio
livro de Atos mostra que o carcereiro de Filipos permaneceu em sua profissão
(portando a sua espada). Estou relatando isso, porque muitos religiosos
fanáticos mal-intencionados distorcem o contexto histórico em que a Igreja
Primitiva estava inserida para poderem demonizar o Estado. Em primeiro lugar,
Jesus Cristo e os apóstolos nunca pregaram contra o serviço militar e a
política. Em segundo lugar, o culto imperial e os sacrifícios aos deuses eram
rituais idolátricos que dificultavam os primeiros cristãos se alistarem no
Exército e ocuparem cargos públicos, porque as autoridades que não cultuassem o
imperador e não sacrificassem aos deuses eram punidas com a morte por alta
traição. Em terceiro lugar, se o serviço militar e a política fossem coisas tão
diabólicas como os fanáticos e fundamentalistas pregam, a Bíblia, a Palavra de
Deus, deixaria bem claro para os cristãos não se envolverem com essas coisas.
Portanto, não há nenhuma parte na Bíblia e nem relatos confiáveis que mostram
que Jesus Cristo e os apóstolos pregaram contra o Estado.
Paulo evangelizou até a Guarda Pretoriana que o vigiava em
uma ocasião. O apóstolo aproveitou que os guardas pretorianos o vigiavam para
lhes falar da Salvação de Cristo. Em sua Carta aos Filipenses, Paulo até
menciona sobre os santos do palácio de César, que provavelmente eram esses
guardas e outros funcionários do governo que se converteram através dele.
Paulo é o autor da Carta aos Romanos, e no capítulo 13
desta Carta, ele conta a sua opinião sobre as autoridades governamentais.
“Todo homem esteja sujeito as autoridades superiores; porque
não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram
por ele instituídas”. (Romanos 13:1)
O verbo grego usado para sujeição é “upotasso” que significa estar subordinado ou sujeito. A Palavra de
Deus é clara quando afirma que toda autoridade procede de Deus. Há diferença
entre instituir e permitir, ou seja, Deus não apenas permite que os reis
governem o mundo, mas Ele estabelece os reis da Terra. Todos os cristãos devem
se submeter ao Estado e interceder a favor dele.
“De modo que
aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem
trarão sobre si mesmos condenação”. (Romanos 13:2)
A condenação significa punição do Estado, isto é, qualquer
cidadão que se rebelar contra o governo será castigado, porque é ordenação de
Deus que os homens se submetam ao Estado.
“Porque os
magistrados não são para temor quando se faz o bem, e, sim, quando se faz o
mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela”;
(Romanos 13:3)
As autoridades existem para castigar os malfeitores e
enaltecer os que praticam o bem. Os cidadãos que são trabalhadores e honestos
não precisam temer as autoridades, porque a função delas é punir os bandidos e
não os cidadãos de bem.
“visto que a
autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme;
porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus,
vingador, para castigar o que pratica o mal”. (Romanos 13:4)
O apóstolo Paulo foi claro quando disse que o Estado é
ministro de Deus para o nosso bem, ou seja, a função do Estado é castigar os malfeitores
e proteger os cidadãos de bem. A palavra grega usada para espada é “machaira” que é um símbolo da pena
capital, isto é, o Estado tem a autorização de Deus para executar criminosos
perigosos, autores de crimes hediondos e bárbaros.
“É necessário que
lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também
por dever de consciência”. (Romanos 13:5)
Os cidadãos de
bem devem obedecer às autoridades e não cometer crimes, não por causa do medo
de serem presos ou mortos, mas, sim, porque é o certo a se fazer.
“Por esse motivo também pagais tributos:
porque são ministros de Deus, atendendo constantemente a este serviço”.
(Romanos 13:6)
O verbo grego
usado por Paulo (Jesus usou o mesmo verbo) para pagar os tributos é “apodote” (de apodidomi - que significa:
dar o que é devido, devolver, pagar de volta). Os cristãos devem pagar os
tributos e os impostos para a manutenção do Estado, porque a obrigação dos
governantes, que são ministros de Deus, é dar segurança aos cidadãos de
bem.
“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem
tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem
honra, honra”. (Romanos 13:7)
Neste
versículo, o apóstolo Paulo também usou o verbo grego “apodote”, e esse servo de Deus foi inspirado pelo Espírito Santo
para ensinar aos cristãos os seus deveres cívicos. Infelizmente, o governo
brasileiro está longe do ideal de governo idealizado por Deus, mas a obrigação
da Igreja é orar a favor das autoridades governamentais, porque essa é a
vontade de Deus. O Estado é necessário para manter a lei e a ordem no mundo; e
os cristãos que não aceitam isso, não acreditam na Bíblia. Deus estabelece os
governantes do mundo e o dever da Igreja é interceder a favor deles e ajudá-los
no que for necessário.
Paulo, em sua
Primeira Epístola a Timóteo, também conta sobre qual é a principal obrigação
dos cristãos com o governo.
“Antes de tudo,
pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de
graça, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se
acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com
toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus nosso Salvador,
o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento
da verdade”. (1 Timóteo 2:1-4)
O apóstolo Paulo também ensinou que todos os cristãos têm o
dever de intercederem em favor das autoridades governamentais, ou seja, os
cristãos devem orar pelos homens investidos de autoridade. Tanto Pedro quanto
Paulo, não endiabravam as autoridades constituídas, pelo contrário, eles
reconheciam a sua legitimidade. Essa “historinha” de que os cristãos primitivos
demonizavam o Estado é mentira do Diabo, porque Jesus Cristo, os apóstolos, e
os Pais Apostólicos, não demonizavam as autoridades governamentais. Hoje, não
existem mais práticas idolátricas no Estado, portanto, nada impede os cristãos
de se relacionarem com o governo.
A OPINIÃO DO APÓSTOLO PEDRO:
Pedro foi um dos discípulos de Jesus mais próximos do
Salvador. Ele era sincero na sua fé, apesar de ter um gênio forte e de ser
extremamente preconceituoso. Mas, Deus trabalhou isso em seu coração. Através
do centurião Cornélio (um militar romano justo e temente a Deus), Pedro percebeu
que Deus não queria apenas salvar os judeus, mas, sim, todos os povos. Cornélio
era honesto e íntegro, mas apesar disso, ele não era salvo. Pedro o
evangelizou, e Cornélio se converteu, e foi batizado ainda sendo um oficial
romano. Em nenhum momento, Pedro implicou com Cornélio pelo fato dele ser
militar, mas, sim, pelo fato dele ser gentio. Cornélio era bem visto aos olhos
de Deus, e a Bíblia deixa bem claro que esse centurião era justo e correto em
sua profissão. Pedro acreditava que apenas os judeus poderiam ser salvos, mas
Deus, através de uma visão, mostrou para Pedro que o Altíssimo não faz acepção
de pessoas, e que todos os homens de todos os povos podem ser salvos se
aceitarem Jesus Cristo em seus corações como o seu único e suficiente Salvador.
Pedro, em sua Primeira Epístola, conta a sua opinião sobre
as autoridades constituídas, assim, como Paulo fez. Tanto Paulo quanto Pedro
foram inspirados pelo Espírito Santo para escreverem as suas Cartas, portanto,
foi o próprio Deus quem falou através deles. Os apóstolos eram homens dignos e
cheios do poder de Deus, portanto, devemos dar crédito para o que eles falaram.
“Sujeitai-vos a
toda instituição humana por causa do Senhor; quer seja ao rei, como soberano;
quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores,
como para louvor dos que praticam o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que,
pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; como livres
que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo
como servos de Deus. Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus,
honrai ao rei”. (1 Pedro 2:13-17)
O
apóstolo Pedro afirmou que os cristãos devem se sujeitar as autoridades
constituídas e que a função das autoridades enviadas pelo rei é castigar os
malfeitores e louvar os que praticam o bem. Os soldados e magistrados eram
essas autoridades enviadas pelo rei para punir os culpados. No primeiro século,
quase todos os cristãos primitivos não se alistavam no Exército e nem ocupavam
cargos públicos, principalmente, por causa da idolatria que predominava naquela
época (como o culto imperial e os sacrifícios aos deuses). Hoje, a situação é
muito diferente do que naquela época, pois não temos mais problemas com a
idolatria.
A OPINIÃO DE
JOÃO BATISTA:
“Também soldados
lhe perguntaram: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A ninguém maltrateis,
não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo”. (Lucas 3:14)
João Batista era o precursor do Messias; e foi o maior de todos
os profetas. Esse grande servo de Deus foi o homem mais justo que já existiu
sobre a Terra. Quando alguns soldados foram batizados por João Batista, esse
grande profeta não os recriminou por serem combatentes, pelo contrário, ele
lhes incentivou a continuarem sendo soldados, portanto, que eles exercessem a
sua função com honestidade.
AS OPINIÕES DOS PAIS DA IGREJA:
No ano 170, os
cristãos começaram a se alistar em massa no Exército, por causa das invasões
bárbaras (na época do imperador Marco Aurélio). Antes do ano 170, existiam
cristãos nas legiões romanas sim, mas eram poucos; devido às cerimônias cívicas
e religiosas comprometidas com a idolatria greco-romana; além da prestação de
culto ao imperador e dos sacrifícios aos deuses, que dificultavam os primeiros
cristãos se envolverem com o serviço militar e a política. Policarpo de Esmirna
reconheceu que as autoridades governamentais são estabelecidas por Deus.
Clemente de Roma ensinou os cristãos a intercederem em favor dos governantes,
porque ele reconhecia que as instituições políticas são necessárias na ordem
estabelecida por Deus. O fato de terem existido alguns Pais da Igreja que
demonizavam o Estado, não justifica endiabrar o governo hoje. Naquela época, o
Estado era inimigo do Cristianismo (apesar de ser instituído por Deus), e o
Exército perseguia e massacrava os cristãos; além da idolatria greco-romana
enraizada no Império. Os cultos ao imperador e aos deuses pagãos eram grandes
empecilhos para os cristãos serem militares e políticos. Alguns Pais da Igreja, como, por exemplo, o Justino Mártir,
o Tertuliano de Cartago, o Hipólito de Roma, o Orígenes de Alexandria, o
Cipriano de Cartago, e o Lactâncio, demonizavam as autoridades instituídas pelo
próprio Deus. Devo destacar que alguns dos Pais da Igreja além de demonizarem o
Estado (que é instituído por Deus), eles também pregavam o anti-semitismo. Não
interessa o que os Pais da Igreja ensinaram ou deixaram de ensinar se os seus
ensinamentos são contrários a Palavra de Deus. Devemos dar ouvidos ao que Jesus
e os apóstolos ensinaram apenas, e não a “ungidões” que se consideram acima do
bem e do mal (até acima das leis de Deus).
Os Pais Apostólicos, Policarpo de Esmirna e Clemente de
Roma, reconheceram que as autoridades governamentais são necessárias na ordem
estabelecida por Deus. Os Pais Apostólicos conheceram pessoalmente os
apóstolos, e tanto esses Pais Apostólicos quanto os apóstolos ensinavam a
submissão às autoridades e a intercessão em favor dos homens investidos de
autoridade. Portanto, nem todos os cristãos primitivos endiabravam o Estado.
Jesus Cristo, os apóstolos, e os Pais Apostólicos, não condenavam o serviço
militar e a política, pelo contrário, eles reconheciam a sua legitimidade.
REFUTANDO OS
ARGUMENTOS BÍBLICOS DOS PACIFISTAS:
“No demais, irmãos
meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a
armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do
Diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a
armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo,
ficar firmes”. (Efésios 6:10-13)
Inúmeros
cristãos interpretam mal o capítulo 6 da Carta aos Efésios, porque eles
confundem guerra espiritual com pacifismo. O autor da Carta aos Efésios é
também o autor da Carta aos Romanos. O apóstolo Paulo, o autor de ambas as Cartas,
não era pacifista, pois se percebe claramente a sua posição em relação ao
Estado no capítulo 13 da Carta aos Romanos. No capítulo 6 da Carta aos Efésios,
o apóstolo Paulo usa puro simbolismo militar para se referir à armadura de
Deus. O apóstolo Paulo constantemente usava o serviço militar como bom exemplo
para a vida cristã. O fato de Paulo ter dito que a nossa luta não é contra
carne e sangue (muito deturpado pelos pacifistas hipócritas), não significa que
ele fez apologia ao pacifismo. O capítulo 6 da Carta aos Efésios não invalida o
capítulo 13 da Carta aos Romanos, portanto, o apóstolo Paulo não pregou o
pacifismo.
“Porque, andando
na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não
são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas;”. (2
Coríntios 10:3-4)
Por isso, as armas carnais e humanas, tais como argúcia,
habilidade, riqueza, capacidade organizacional, eloqüência, persuasão,
influência e personalidade são em si mesmas inadequadas para destruir as
fortalezas de Satanás; porque as únicas armas adequadas para desmantelar os
arraiais do Diabo, as injustiças e os falsos ensinos são as armas que Deus nos
dá. Esse trecho não se refere às armas bélicas, mas, sim, a capacidade humana;
e para combater o Inferno precisamos das armas espirituais dadas por Deus, pois
somos incapazes de vencermos Satanás e os seus demônios sozinhos.
“Ouvistes que foi
dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao
mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;”.
(Mateus 5:38-39)
Os fariseus deturpavam as leis do Antigo Testamento para
incentivar as pessoas ao ódio e a retaliação, porque olho por olho e dente por
dente eram na verdade as punições aplicadas pelas autoridades nos malfeitores e
não um incentivo a represália do indivíduo. Jesus condenou a vingança pessoal e
não a legítima defesa, pois Ele usa muito simbolismo nas coisas em que ensina.
Cristo, em outra parte da Bíblia, ensinou que se as suas mãos e pés e os seus
olhos te fizerem pecar, se deve amputar as mãos e os pés e arrancar os olhos
fora, mas tudo isso é simbólico e não se deve fazer no sentido literal.
“Então, Jesus lhe
disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada, à espada
perecerão”. (Mateus 26:52)
Cristo não fez apologia ao pacifismo, mas simplesmente
falou que os violentos sofrerão violência. Se Pedro tivesse matado Malco, ele
seria punido com a morte pelo Estado Romano e Jesus quis impedir que isso
acontecesse.
“E saberá toda
esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do
Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão”. (Samuel 17:47)
Quando Davi afirmou que do Senhor é a guerra, ou seja, de
que a batalha pertence ao Senhor, ele quis dizer que nós, servos de Deus,
devemos confiar no Altíssimo e não em nossa própria força ou em armas bélicas; entretanto,
em nenhum momento, ele hesitou lutar contra Golias por causa disso, porque ele
confiava no Senhor dos Exércitos.
Muitos dos grandes teólogos
que participaram da História da Igreja de Cristo eram favoráveis a pena capital
e não viam problema algum em cristãos ingressarem nas Forças Armadas ou
ocuparem cargos públicos.
Agostinho de Hipona
desenvolveu a teoria da guerra justa, pois ele acreditava que os cristãos têm o
dever moral de participar de guerras justas para promover a justiça. Agostinho
é considerado por muitos cristãos, o maior de todos os Pais da Igreja, e ele
escreveu muitas obras que beneficiaram a Cristandade. Esse grande teólogo era a
favor da pena de morte e os reformadores do século XVI se inspirariam nele para
reformar a Igreja Cristã.
Tomás de Aquino foi um
dos maiores teólogos que já existiu e falava positivamente sobre a legítima
defesa e achava necessária a execução de criminosos perigosos para o bem-estar
da sociedade.
Martinho Lutero era um
monge agostiniano e acreditava que a pena capital era indispensável em casos de
crimes bárbaros; inclusive, ele incentivou os príncipes alemães a exterminarem
os camponeses que se rebelaram contra as autoridades constituídas, e os
anabatistas, que se diziam pacifistas, participaram dessa rebelião.
João Calvino foi um
grande teólogo francês e era favorável a pena de morte até nos casos de
heresias; ele condenou o médico, Miguel Serveto, que blasfemou contra a
Trindade, a morrer na fogueira. Entretanto, João Calvino, se arrependeu de ter
mandado matar, Miguel Serveto, mas ele nunca mudou a sua opinião em relação a
executar malfeitores.
Ulrico Zuínglio era
capelão do Exército e morreu em combate lutando contra os cantões católicos.
Ele foi um dos principais responsáveis pela Reforma da Igreja na Suíça, e como
João Calvino, Ulrico Zuínglio era também a favor da pena capital em caso de
heresia.
O SEXTO MANDAMENTO:
Quase todos os cristãos nunca compreenderam o sexto
mandamento “não matarás”. A tradução correta do sexto mandamento é “não
assassinarás”. Os religiosos alienados usam e abusam da tradução errada desse
mandamento para ficarem atacando pedras nos guerreiros que matam para se
defenderem ou para protegerem os indefesos. O verbo hebraico “ratsach” usado nesse mandamento no
Antigo Testamento, e o verbo grego “foneuo”
usado nesse mandamento no Novo Testamento, sempre são usados para se referir ao
assassinato criminoso, e nunca a legítima defesa e a pena capital. Tanto o
verbo hebraico “ratsach” quanto o
verbo grego “foneuo” se referem ao
homicídio ilícito. Portanto, matar para se defender ou para proteger alguém não
é pecado.
CONCLUSÃO:
Segundo a Bíblia, a Palavra de Deus, e as opiniões dos
homens mais importantes da História do Cristianismo, os cristãos podem
participar de guerras sim, portanto, que sejam guerras justas. Mesmo, que haja
cristãos no exército inimigo, porque se “cristãos” se alistam num exército
macabro (como foi na Alemanha nazista), eles estão conscientes de que estão
errados, e devem arcar com as conseqüências de seus atos. Sobre as revoluções
armadas, os cristãos têm o direito de se rebelarem contra o Estado, se este for
repressor e corrupto, portanto, que um comandante militar ou as próprias Forças
Armadas os apóiem (pelo menos, essa era a opinião do reformador João Calvino).
Admiro muito os militares e os policiais (principalmente, os que são meus
irmãos em Cristo). A vontade de Deus é que haja um Estado para manter a lei e a
ordem, e Ele autoriza o governo a declarar guerra contra outros países
opressores, se for necessário. Espero ter sido claro e objetivo neste meu
artigo.
Autor: Filipe
Levi Viasoni da Silva, professor de História e historiador.