Filipe
Levi 29/03/19
OS CRISTÃOS DEVEM PRATICAR
ARTES MARCIAIS?
SOBRE O COMBATE:
"Covarde não é aquele que evita um combate, covarde é aquele que mesmo sabendo que é superior luta e fere o mais fraco" (Bruce Lee)
"Vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar. Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado". (1 Coríntios 9:24-27)
O apóstolo Paulo nesse trecho da Bíblia se referiu à corrida esportiva e também ao Pancrácio (arte marcial grega). Assim, como Paulo sempre usou o serviço militar como bom exemplo para a vida cristã, ele também se referiu ao esporte como bom exemplo a ser seguido pelos crentes em Jesus. O contexto desse capítulo não é a demonização do esporte, pelo contrário, é o lado positivo do esforço dos atletas em alcançar a sua meta nos campeonatos. Esse contexto ensina exatamente o que as artes marciais sempre ensinaram, que o verdadeiro guerreiro deve lutar contra si mesmo, ou seja, que o homem deve dominar a sua própria natureza (exatamente o que Paulo ensina nesse capítulo). O contexto desse capítulo é a luta contra o pecado, isto é, é a batalha que todo servo de Deus deve travar contra a sua própria natureza pecaminosa.
"Semelhantemente, nenhum atleta é coroado como vencedor, se não competir de acordo com as regras". (2 Timóteo 2:5)
Novamente, Paulo se referiu ao Pancrácio neste versículo, porque para ele, assim, como o serviço militar, o esporte também é um excelente exemplo para os cristãos seguirem na sua vida cristã.
“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência. É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. Dêem a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra”. (Romanos 13:1-7)
O apóstolo Paulo reconheceu o uso legítimo da força aplicada pelas autoridades constituídas contra os criminosos, portanto, os militares e policiais, têm a autorização e a aprovação de Deus para usarem a violência contra os bandidos, porque essa é a vontade de Deus. Paulo indicou o uso legítimo de armas letais contra os marginais quando necessário. Portanto, até o “Apóstolo dos Gentios” apoiava o combate.
“Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, seja aos governantes, como por ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem. Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus. Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei”. (1 Pedro 2:13-17)
O apóstolo Pedro também reconheceu que a função dos militares e policiais é usar a violência (dentro da lei) para castigar os malfeitores. Tanto Paulo quanto Pedro reconheciam o uso legítimo da força bruta e até de armas letais para se punir os criminosos. Se a Bíblia autoriza até militares e policiais matarem na guerra se for necessário (segundo Paulo, os soldados e policiais são ministros de Deus), seria uma grande incoerência a Palavra de Deus condenar a prática de lutas esportivas.
“Então, alguns soldados lhe perguntaram: E nós, o que devemos fazer? Ele respondeu: Não pratiquem extorsão, nem acusem ninguém falsamente, e contentem-se com o seu salário”. (Lucas 3:14)
João Batista era o precursor do Messias; e foi o maior de todos os profetas. Para João Batista nunca houve nenhum problema em homens de Deus serem soldados, portanto, que eles sejam militares honrados e íntegros, ou seja, que exerçam a sua função e dever com integridade e honestidade.
A Bíblia, a Palavra de Deus, também conta sobre guerreiros que lutavam em prol da justiça. Homens que guerreavam e nem por isso deixaram de ser bons.
“Morava em Cesaréia um homem de nome Cornélio, centurião da coorte, chamada a italiana, piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a Deus”. (Atos 10:1-2)
O centurião Cornélio era um bom exemplo de militar, pois ele era honesto, justo, íntegro, sabia amar ao próximo, e ainda buscava a Deus. A Bíblia não compara o centurião Cornélio a uma prostituta (como as Testemunhas de Jeová e os evangélicos pacifistas fazem), mas, sim, exalta as virtudes desse centurião como homem, militar e cidadão. Cornélio, segundo a Bíblia, é um bom exemplo a ser seguido.
“Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhe faças isto; porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. Então Jesus foi com eles. E já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Porque também sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz. Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo”. (Lucas 7:1-10)
O centurião de Cafarnaum também era um bom exemplo a ser seguido, pois o próprio Jesus o admirou como ser humano e militar. Cristo elogiou até a sua fé, e desprezou a religiosidade dos fariseus (as Testemunhas de Jeová e os evangélicos legalistas da época). Jesus Cristo andava com prostitutas e ladrões, e até elogiou um militar por sua fé e integridade, mas desprezou o legalismo e o fanatismo religioso dos fariseus. A Palavra de Deus afirma que os governantes, magistrados e soldados são servos de Deus, isto é, estão a serviço de Deus para o bem-estar da sociedade.
O centurião Júlio mencionado no capítulo 27 do Livro de Atos, também era um oficial romano muito digno e honrado, que tratou o apóstolo Paulo com muita humanidade e dignidade. Todos os centuriões mencionados no Novo Testamento eram justos e honestos, isto é, bons exemplos a serem seguidos.
“Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;”. (Mateus 5:38-39)
Os fariseus deturpavam as Leis do Antigo Testamento para incentivar as pessoas ao ódio e a retaliação, porque olho por olho e dente por dente era na verdade as punições aplicadas pelas autoridades nos malfeitores e não um incentivo a represália do indivíduo (olho por olho e dente por dente era um ensinamento para que os criminosos fossem punidos de forma justa e não de maneira exagerada). Jesus condenou a vingança pessoal e não a legítima defesa, pois Ele usa muito simbolismo nas coisas em que ensina. Cristo, em outra parte da Bíblia, ensinou que se a sua mão direita te fizer pecar, se deve amputá-la. E se o seu olho direito te fizer pecar, se deve arrancá-lo. Oferecer a outra face está inserido no mesmo contexto. Jesus não falou para os cristãos se mutilarem e nem para serem sacos de pancadas dos outros. Tudo isso é puro simbolismo.
Um Pai da Igreja chamado Tito Flávio Clemente, conhecido como Clemente de Alexandria, foi um grande teólogo e filósofo cristão do século II. Clemente defendia a prática de esportes (inclusive, do Pancrácio, a arte marcial grega). Clemente de Alexandria relata que a prática do Pancrácio era comum entre os cristãos primitivos do segundo século. No século II, surgiram os primeiros filósofos e historiadores cristãos. Desde o primeiro século, existiam soldados cristãos, mas eram bem poucos, devido ao culto imperial e os sacrifícios aos deuses. Com certeza, no século I já existiam lutadores de Pancrácio cristãos (até porque todos os soldados aprendiam Pancrácio para poderem lutar nas guerras). No século II, o alistamento militar e a prática do Pancrácio se tornaram mais comuns entre os cristãos primitivos.
Existem cristãos que defendem o serviço militar e que condenam as artes marciais, mas isso é uma tremenda incoerência. Para eles, o cristão pode dar facada e dar tiro, só não pode dar porrada. Artes marciais significam literalmente "artes militares". O nome militar é derivado do nome marcial, ou seja, militar significa marcial. Wushu significa literalmente "Técnica Militar". Os cristãos se abstendo da idolatria e usando a luta para o bem, não implica em problema algum a prática de artes marciais.
A APATIA E A OMISSÃO DOS EVANGÉLICOS:
"A apatia está por toda a parte, ninguém se preocupa em verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso." (Charles H. Spurgeon)
Verossímil ou Sofisma é contar uma “meia verdade”, acrescentando alguns erros e mentiras nessa “verdade”. Tipo, o que os hereges do “Movimento Batalha Espiritual”, Rebecca Brown e Daniel Mastral, fazem para satanizar as artes marciais. Tipo, o que o Josué Yrion faz para satanizar desenhos animados e videogames. Tipo, o que o David Miranda fazia para satanizar vestimentas e a televisão. Os religiosos legalistas são peritos em usar “meias verdades”, ou seja, o Verossímil e o Sofismo para pregar as suas mentiras diabólicas. O que interessa e importa é o que a Bíblia ensina e não o seu achismo. Primeiro, a Bíblia, depois a sua opinião pessoal.
A Origem das Artes Marciais Chinesas:
O Kung Fu é uma arte marcial chinesa tão antiga a ponto de se desconhecer a sua origem. Lendas chinesas contadas por volta de 2.000 anos antes de Cristo, mais escritos e desenhos encontrados em construções antigas datadas dessa mesma época, mencionam uma arte marcial conhecida como Wushu, que expressava algo como poderio da dinastia "Wu" e esse é o nome original do Kung Fu.
O Templo Shaolin, a Meca dos praticantes de Wushu, somente apareceu no século V da era cristã e foi nesse mosteiro, perto de Cantão, que se desenvolveram os principais e mais famosos estilos de Kung Fu praticados hoje. Influenciados pela filosofia budista, os alunos de Wushu não se distinguem por faixas e suas regras são muito rígidas. O nome atual surgiu a partir do contato com o Ocidente, pois para explicar aos estrangeiros o segredo dessa arte milenar, os chineses diziam "Kung Fu", devido à dificuldade dos estrangeiros de pronunciarem corretamente "Wushu" e o nome popularizou-se sendo aceito até mesmo na China. Na década de 70, o Kung Fu ganhou projeção mundial graças aos filmes estrelados por Bruce Lee e à série de TV Kung Fu com David Carradine.
1- É dito que todas as artes marciais tiveram a sua origem no Wushu ou, pelo menos, sofreram algum tipo de influência.
2- O Kung Fu é a luta mais diversificada do mundo, possuindo tanto técnicas de pernas quanto de braços de longo e curto alcance, arremessos e imobilizações.
3- É a arte marcial que possui o maior número de estilos, aproximadamente mais de 300 estilos diferentes e, por isso, é considerada a mais abrangente.
4- O Wushu também é a luta que possui o maior arsenal de armas, porque cada estilo possui as suas próprias armas.
5- O Kung Fu possui como uma de suas características principais a imitação do movimento dos animais, que acaba tornando essa arte milenar uma das mais belas e chegando a ser considerada por alguns como sendo a mais bonita.
O que é Kung Fu?
Kung Fu é o nome conhecido pelos ocidentais como a luta chinesa e originalmente significa "Habilidade Desenvolvida", o nome foi apresentado pelo famoso Bruce Lee ao mundo e que na China tem o nome específico de "Wushu" que significa "Técnica Militar". O Kung Fu é uma arte marcial completa, isto é, trabalha tanto a força como a suavidade, a rigidez como a flexibilidade, o físico como a mente, unindo em uma só, buscando os seus equilíbrios e a conformidade entre o interno com o externo. Por ser completo, qualquer um que esteja disposto a aprender essa luta, desenvolverá com as mais variadas finalidades realizando assim os seus objetivos de maneira natural e saudável em plena harmonia com o seu corpo, mente e natureza.
- É uma filosofia, ou seja, um meio de vida que nos dá força interna para suportarmos os problemas diários.
- Nos dá coragem para enfrentarmos todos os obstáculos.
- Proporciona uma ginástica saudável, tanto física quanto mental.
- Além disso, nos dá uma disciplina rígida.
Benefícios da prática do Kung Fu:
1- Longevidade e prevenção da lesão
Todas as aulas de Wushu começam com o aquecimento muscular e das articulações para depois iniciar os exercícios de flexibilidade; isto é feito com a finalidade de prevenir contusões, lesões de tendões e de músculos. É importante para todas as idades evitando envelhecimento precoce e também ideal para prevenção de processo inflamatório que pode ocorrer nas pessoas que trabalham com computadores.
2- Melhor capacidade aeróbica
Visa desenvolvimento progressivo de capacidade cardiovascular a fim de melhorar a aptidão corporal nos exercícios específicos de Kung Fu. Os benefícios são semelhantes aos da ginástica aeróbia, como queima de calorias, resistência física, fortalecimento muscular, coordenação motora e agilidade.
3- Modelagem corporal
O trabalho muscular de Wushu é de forma dinâmica e multi-direcional (não é estática como no halterofilismo); a energia de alto impacto bem como a força explosiva dessa luta se gera através de contração muscular acelerada. Portanto, a modelagem corporal dos praticantes é de forma definida e proporcional sem hipertrofia local, porque o desenvolvimento do Kung Fu é direcionado para proporcionar o seu melhor uso técnico e não apenas para fins estéticos.
4- Qualidade mental
Os exercícios físicos de Wushu ajudam “descarregar” as tensões geradas por estresse vivido no dia-a-dia e os treinamentos de meditação melhoram o nível de concentração e direcionam os praticantes buscando o seu conhecimento próprio e proporcionando assim o estado de estabilidade emocional tornando-os autoconfiantes e tranqüilos, gerando assim alta produtividade no trabalho.
5- Qualidade espiritual
No Kung Fu, "o espírito" representa doutrina e disciplina de vida, pois é uma aprendizagem de ser, pensar e viver. A essência espiritual dessa arte é desenvolvida através de constante reflexão e desafio próprio e os praticantes através desse processo vêm desenvolvendo progressivamente as qualidades espirituais como a coragem, retidão, sacrifício, respeito, perseverança, paciência, paz, fraternidade e etc. O Espírito do Wushu vem sendo moldado durante vários séculos e transmitido para as gerações; O Kung Fu não é um esporte somente de exercício muscular, mas também de exercício intelectual, espiritual e sobretudo cultural.
6- Defesa pessoal
Por ser uma arte marcial, todas as técnicas de Wushu tem a sua prática voltada para a defesa própria, mesmo aqueles estilos que aparentemente são direcionados para finalidade de terapia ou promover um melhor estado de saúde. O Kung Fu tem como objetivo o desenvolvimento técnico global visando dominar todas as distâncias e direções de luta, executando assim com eficiência e simplicidade.
Diferença entre Shaolin do Norte e Shaolin do Sul:
“Muitas pessoas me perguntam qual a diferença entre o Kung Fu Shaolin do Norte e o do Sul. Historicamente falando, é um assunto muito rico e detalhado e que provavelmente não caberia em um post só. De uma forma geral, cada estilo foi desenvolvido de acordo com as condições geográficas do Norte e Sul da China. A parte Norte da China é uma região montanhosa, por isso, o uso das pernas no Shaolin do Norte é mais acentuado. Ter uma base sólida com pernas fortes e resistentes. No Sul da China se cultivam os arrozais, que são campos alagados, onde as pessoas tinham que se equilibrar em cima das barcas. Por isso, o uso acentuado dos braços, com ataques rápidos e fortes.
Lembrando que os dois estilos tem movimentos que envolvem o uso de pernas e braços, mas cada um com suas características específicas".
O MEDO É A MAIOR ARMA DO OPRESSOR:
O medo é a maior arma dos opressores. O ditador que oprime o seu povo. O marido que oprime a sua esposa. Os pais que oprimem os seus filhos. O pastor que oprime as suas ovelhas. O Diabo que oprime os seus seguidores. A maior arma da opressão é o medo. O opressor lhes conquistou o espírito. Tenha a coragem e a ousadia de enfrentá-los e desafiá-los. A coragem não é a ausência do medo, mas é a habilidade de superá-lo. Seja corajoso! Tenha coragem! Enfrente o seu medo. Combata o mal.
O TIGRE E O DRAGÃO (DOMÍNIO PRÓPRIO):
“Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se”. (Provérbios 25:28)
O Tigre é um animal irracional, uma fera, que somente age por instinto. O Tigre não pensa nas consequências dos seus atos, e sai matando e destruindo tudo o que encontra pelo caminho. O Dragão (no contexto oriental, e não no contexto do Apocalipse, seus crentes burros) representa a Sabedoria, porque o Dragão é sábio e teme pelo poder de sua força, porque ele tem consciência de que o seu poder pode causar dano nos outros. Os nossos punhos e as nossas armas somente devem ser usados em Nome da Justiça. Não Justiça para nós mesmos, mas Justiça para aqueles a quem nós juramos proteger. Não devemos usar os nossos punhos em causa própria e as nossas armas devem ser usadas em prol da Justiça.
SAMURAI (AQUELE QUE SERVE):
Samurai significa "Aquele Que Serve". O sentido bíblico de liderança é servir e proteger. Um samurai deve proteger as pessoas que estão sob a sua proteção. A sua espada e as suas flechas só devem ser usadas em prol da justiça, em prol dos outros. Seja como um samurai, lute em favor dos outros. Seja o defensor dos fracos e desamparados. Lute por aqueles que não podem lutar por si mesmos. Fale por aqueles que não têm voz. Proteja os indefesos. Seja a voz daqueles que não podem falar. Seja um defensor e protetor, seja um verdadeiro herói.
SOBRE A IDOLATRIA:
“Não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas cousas, com o uso, se destroem”. (Colossenses 2:21-22)
Alguns “ex-satanistas” costumam propagar mentiras sobre as lutas esportivas, pois eles mentem descaradamente deturpando o contexto de versículos bíblicos (que não tem nada a ver com o assunto), e também distorcem o contexto histórico das artes marciais. Os leigos, ou seja, as pessoas que não conhecem as lutas esportivas, acabam acreditando em suas mentiras baseadas apenas em seu preconceito religioso ridículo.
“Um assunto controvertido no Cristianismo de hoje é se um cristão deve ou não praticar artes marciais. Alguns dizem que por causa de sua origem não-cristã (misticismo oriental), nenhuma forma de arte marcial deveria ser praticada por cristãos. Entretanto, uma origem não-cristã, por si só, não pode ser um fundamento suficiente para se rejeitar as artes marciais, uma vez que este ponto de vista comete o erro que chamamos de "falácia genética". O que isto quer dizer? Uma falácia é um argumento enganoso e sem fundamento. O termo "genética" quer dizer neste caso "origem". Assim, uma falácia genética é um argumento infundado que pressupõe que uma vez que a procedência de uma crença ou prática esteja errada (por não ter uma raiz cristã), sem considerar as suas modificações, ela ainda estaria errada hoje”.
“De fato, se fôssemos coerentes ao aplicar esse tipo de lógica, nós deveríamos abandonar a astronomia, porque suas raízes encontram-se no método da astrologia. Entre os movimentos religiosos que usam e abusam da falácia genética se encontram as chamadas "Testemunhas de Jeová"; estas se recusam a comemorar aniversários natalícios, Natal e Ano-Novo, pelo simples fato de estas comemorações terem origem no paganismo. Em nenhum momento se leva em conta o desenvolvimento e a evolução de uma crença ou prática. Ao invés de cometer a falácia genética, seria melhor tentar verificar o quanto de influência as crenças originais podem ter sobre um objeto de discussão, antes de descartá-lo prematuramente”.
A primeira arte marcial a surgir foi à luta “Vajramushti”, que surgiu há mais de 5.000 anos atrás. Essa é uma arte marcial de origem indiana. Não sei muito sobre essa luta, mas sei que como todas as artes marciais, a sua origem é militar, isto é, ela foi criada para o combate, e não necessariamente para se cultuar os deuses. Se essa luta se originou na religião hindu ou qualquer outra religião pagã não importa, porque a origem não quer dizer nada. O que importa é o desenvolvimento dessa coisa durante o curso da História, pois muitas coisas (como as artes marciais) mudaram com o passar dos séculos, e sua influência idolátrica não é tão forte hoje como foi no passado. Portanto, há como separar a luta da idolatria. Inclusive, a aliança matrimonial também tem origem na religião hindu, mas nem por causa disso os religiosos que condenam as lutas esportivas deixam de usá-la.
O homem que criou o Kung Fu original foi Huang Di, o Imperador Amarelo, que além de ser militar, também era médico e um grande intelectual. Ao contrário do que muitos pensam, não foi Bodhidharma quem criou o Kung Fu, mas, sim, Huang Di. Tanto Huang Di quanto Bodhidharma eram homens bons que tinham caráter, ou seja, eles não eram maus por não terem conhecido a Deus. Ninguém lhes pregou o Evangelho da Salvação, portanto, não teria como esses grandes guerreiros se converterem mesmo. O Imperador Amarelo viveu há mais de 4.000 anos atrás, então, ele foi do Antigo Testamento (da Dinastia Qin). O 28º patriarca do Budismo foi do Novo Testamento, mas o Evangelho não havia chegado à China naquela época, portanto, não teria como ele se converter ao Cristianismo também. Mas, apesar desses precursores do Kung Fu não terem sido cristãos, eles ensinavam princípios e valores parecidos com os ensinamentos judaico-cristãos. Kwan Kun, o guerreiro lendário do Kung Fu, também era um bom exemplo a ser seguido, pois ele era muito íntegro, honesto, e honrado. Não devemos idolatrar esses homens, mas podemos seguir como bons exemplos os seus princípios de honra e de justiça.
A guerra é uma arte, e artes marciais significam “artes militares”, ou seja, a sua origem não é religiosa, mas, sim, militar. As artes marciais não são um culto ao deus romano Marte, até porque, essas lutas esportivas são orientais, e Marte, é um deus ocidental. Wushu significa “Técnica Militar”, isto é, a origem do Kung Fu é o serviço militar chinês e não o culto ao Buda, até porque, Siddhartha Gautama nasceu provavelmente 1.500 anos depois de surgir o Wushu, portanto, não teria como essa arte marcial ter origem budista. Lao-Tsé também nasceu depois do surgimento do Kung Fu, portanto, o Wushu também não tem origem taoísta. Bodhidharma não foi o criador do Kung Fu, porque o Wushu surgiu há vários séculos antes dele nascer. O 28º patriarca do Budismo recodificou essa arte milenar, mas não a criou. Ele é apenas o criador do Kung Fu Shaolin, mas não do Wushu primitivo.
O teatro surgiu como um culto a Dionísio, conhecido também como Baco, o deus do bacanal. Hoje, o teatro é um excelente instrumento de evangelismo e não tem mais nada a ver com sua origem idólatra e pervertida, portanto, não vejo problema algum em usar esse talento dado por Deus para abençoar as vidas das pessoas. Deus já falou comigo através de peças teatrais e fui muito abençoado por cristãos que usam essa arte cênica para pregarem o Evangelho resgatando inúmeras vidas do Reino das Trevas. Os filmes bíblicos são feitos graças aos atores que vieram do teatro.
A saudação “Kin Lai” tem origem pagã, mas o aperto de mão também se originou no paganismo. Então, será que teremos que parar de apertar as mãos dos outros? Claro, que não. Condenar as coisas por causa de sua origem é falácia genética, ou seja, algo sem fundamento algum. A saudação do Wushu é o mesmo que bater continência, isto é, é um gesto de respeito.
Alguns religiosos hipócritas condenam muitos estilos de Kung Fu pelo simples fato dos lutadores imitarem os movimentos dos animais. Os lutadores que fazem isso não estão cultuando os animais, porque os mestres que criaram esses estilos não os criaram com a intenção de se cultuar os animais, mas, apenas, eles observavam os animais lutando pela sobrevivência e copiaram os seus movimentos. Outros fariseus condenam as artes marciais por causa das cores das faixas, mas foi Deus quem criou todas as cores e não o Diabo. Em cada cultura as cores têm os seus significados, mas nenhuma cor influencia as vidas dos cristãos.
Um argumento muito usado pelos religiosos fanáticos é que tudo o que o Diabo usa é dele. O interessante é que Satanás usou a Palavra de Deus para tentar Jesus no deserto. Os versículos bíblicos usados fora de contexto podem levar a perdição. Portanto, todas as coisas podem ser usadas tanto para o bem quanto para o mal.
Alguns “ex-satanistas” adoram demonizar as lutas esportivas alegando que são coisas do Diabo. O interessante desses “ex-satanistas” é que eles aparentemente permanecem satanistas, porque continuam ensinando os ensinamentos satânicos que aprenderam no Satanismo (doutrinas de demônios). A verdade bíblica é que Satanás não é dono de nada, porque nem a chave da própria casa ele tem. Jesus Cristo tem as chaves da morte e do Inferno.
Muitos "ex-bruxos" e "ex-satanistas" adoram se basear no famoso "discurso competente". O que é o discurso competente? É quando um especialista ou profissional (no caso dos "ex-adoradores do Diabo", que porque eles tinham "pacto" com o Capiroto eles podem sair satanizando tudo o que verem e encontrarem pelo caminho, que não tem problema, porque eles têm "toda a autoridade" para fazerem isso) se gaba de seu "status" e, por isso, ninguém que não tenha o seu "título" ou "patente" pode se quer ousar questioná-lo. Muitos "cientistas" e "doutores" das universidades e faculdades costumam apelar também para o "discurso competente" para poderem silenciar e calar os seus adversários. O interessante desses "ex-bruxos" e "ex-satanistas" é que eles nunca se baseiam nas Escrituras (Bíblia) para pregarem as suas besteiras e asneiras, mas sempre se baseiam em suas "supostas experiências pessoais" que tiveram com o Cramulhão, mas nunca com embasamento bíblico (os hereges do maldito e famigerado "Movimento Batalha Espiritual" são com certeza os piores em fazer isso). O que importa é o que as Escrituras ensinam, e não as "experiências bizarras e sobrenaturais" dos “ex-seguidores de Satã". Primeiro o que a Bíblia, a Palavra de Deus, ensina, talvez, quem sabe, depois, a sua opinião, o que você acha ou deixa de achar.
Um argumento muito usado pelos religiosos legalistas para satanizar as coisas "seculares" é porque Satanás usa muitas vezes esses instrumentos e ferramentas do "mundo" para destruir as vidas das pessoas (como se o "Capiroto" não usasse a Bíblia também para disseminar heresias nas igrejas evangélicas para destruir vidas). A "falácia" do maldito e famigerado "Movimento Batalha Espiritual" é que as artes marciais e a defesa pessoal em geral é tudo coisa do "Cramulhão", porque existem "bruxos", "satanistas" e "feiticeiros" que praticam essas lutas. Como se o fato de bandidos e terroristas portarem armas "endiabrasse" e proibisse os militares e policiais de portarem armas também (Romanos 13:1-7) e (1 Pedro 2:13-17). Em vez, desses hereges otários estudarem a Bíblia (Teologia) ficam exaltando o poder do "Tinhoso" e dando armamento e munição para o Inferno. Estudar a Bíblia que é bom, nada, não é mesmo, ô bando de fariseus? Tudo pode ser usado tanto para o bem quanto para o mal. Se um satanista pode usar as artes marciais para o mal, um cristão (crente em Jesus) pode usar as artes marciais para o bem. Se os bandidos e os terroristas podem usar as armas para o mal, os soldados e policiais (honestos) podem usar as armas para o bem.
PRINCÍPIOS E VALORES BÍBLICOS NAS ARTES MARCIAIS:
As principais virtudes do Bushido (Código do Guerreiro) são Justiça (GI), Coragem (YUU), Compaixão (JIN), Respeito (REI), Sinceridade (MAKOTO), Honra (MEIYO) e Lealdade (CHUUGI). Essas são as verdadeiras características de um verdadeiro guerreiro (os mesmos princípios morais e valores éticos que a Bíblia, a Palavra de Deus, ensina).
A JUSTIÇA:
É quando o guerreiro opta por lutar pelo que é certo, quando o herói está disposto e determinado a fazer a coisa certa.
A CORAGEM:
Não é a ausência do medo, mas é a habilidade de superá-lo por uma causa maior. O guerreiro corajoso é aquele que supera o seu medo para poder ajudar os outros.
A COMPAIXÃO:
É a capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, sentir e se compadecer da dor de seu semelhante.
O RESPEITO:
É respeitar os seus semelhantes (principalmente, os mais fracos e desamparados que precisam de proteção).
A SINCERIDADE:
É ser sincero e verdadeiro consigo mesmo e com os outros. Sempre falar a verdade, mesmo que isso não te beneficie. Ser correto e fazer o certo, mesmo, que você se “ferre e se lasque” por fazer a coisa certa.
A HONRA:
É a integridade e o caráter do herói, que mesmo diante das adversidades e da corrupção e degeneração humana, ele ousa ser bom. Ser um guerreiro honrado que usa os seus punhos e suas armas não por razões e motivos pessoais, mas apenas para promover a justiça e a paz.
A LEALDADE:
É quando o guerreiro é leal aos seus amigos e as pessoas que estão sob a sua proteção. As flechas do herói só devem ser lançadas em nome da justiça. Não justiça para si mesmo, mas justiça para aqueles a quem o herói jurou proteger.
CÓDIGO SAMURAI (INTEGRIDADE E HONRA):
“O caminho do valente não segue os passos da estupidez. Quando um samurai diz que fará algo, é como se já o tivesse feito. Nada nesta terra o deterá na realização do que disse que fará”.
Nós, homens de Deus, somos servos da justiça. Os nossos atos devem ser de justiça. Nós lutamos em prol da justiça. Se for preciso, nos tornaremos na própria justiça. As nossas flechas só devem ser lançadas em nome da justiça. Não justiça para nós mesmos, mas justiça para aqueles a quem nós juramos proteger. A nossa espada nunca deve ser usada por motivos ou razões pessoais, mas apenas para promover a paz e a justiça. Os servos de Deus são homens de palavra. Homens de honra devem defender e proteger os fracos. O sentido bíblico de liderança é servir e proteger. Os líderes devem servir aos outros e não ser servido por eles. Sejamos guerreiros honrados e íntegros. Sejamos homens de verdade. As nossas armas e os nossos punhos devem ser usados para proteger os indefesos e para a promoção da justiça. O dever do homem, do cavaleiro, do guerreiro, do soldado e do líder, é cuidar de seus protegidos. Sejamos homens valentes e corajosos. Sejamos homens íntegros e honrados. Sejamos homens de Deus. Sejamos heróis. Já tem homens demais fazendo o mal, então, ouse fazer o bem.
UMA NODACHI (O PODER DO IMPACTO PSICOLÓGICO):
“Uma Nodachi (野太刀) é uma espécie de Katana longa, e era utilizada por um dos mais famosos e habilidosos espadachins do Japão Feudal, Sasaki Kojirō (佐々木 小次郎). Kojirō aperfeiçoou suas habilidades no manuseio da nōdachi, e ganhou excelência em uma técnica própria chamada "Tsubame Gaeshi" (Rasante da Andorinha), capaz de cortar uma andorinha em pleno voo. Kojiro foi morto na ilha de Ganryūjima pelo lendário Miyamoto Musashi, que sabia que Kojirõ só poderia ser superado por um método que não se baseasse exclusivamente nas habilidades com a espada. Kojiro era muito orgulhoso, e Musashi se aproveitou desse orgulho utilizando de alguns truques psicológicos para desestabilizá-lo emocionalmente. Conta a história, baseada nas próprias narrativas de Musashi, que este, entendendo que superar o estilo de Sasaki Kojirō seria muito difícil e arriscado, propositalmente se atrasou mais de 2 horas da hora marcada para chegar no local do duelo enquanto esculpia em um remo do barco uma bokken (espada de madeira), um pouco maior que a nodachi de Kojirō. A ideia era enfurecer o adversário com o atraso e com a ofensa de batalhar contra uma espada de madeira, pois somente principiantes ou crianças lutavam com bokken. Musashi também planejou descer na praia exatamente na direção oposta à do sol, com a intenção de ofuscar a visão do oponente. Ao desembarcar na praia, estava usando vestes surradas e tinha os cabelos visivelmente desgrenhados, com a bokken recém-esculpida em uma mão e um cobertor na outra. Kojirō tomou isso como mais um insulto, pois no código samurai, apresentar-se desalinhado para um duelo significa completa desconsideração pelo adversário, ainda mais sem portar a espada, usando a bokken de madeira em vez da katana. Para a infelicidade de Kojirō, este caiu no jogo psicológico de Musashi, e, irritadíssimo com o menosprezo com que o adversário lhe demonstrava, correu exasperado em sua direção. A luta real durou apenas o lance do seu momento decisivo, embora Musashi tenha escrito que a luta começou no momento em que meditava e esculpia sua espada no barco. Apesar do jogo psicológico, Musashi considerou Kojirō como sendo o seu maior rival”. (autor desconhecido)
CONCLUSÃO:
Como podemos ver na Bíblia, há casos em que a violência pode ser usada, se for para se defender ou para proteger alguém. Nós, cristãos, não devemos ter prazer na violência, ou seja, gostar de machucar os outros, mas muitas vezes, precisamos usar a força bruta para combater o mal por um bem maior. Eu, particularmente, sou totalmente contra UFC/MMA, porque para mim isso apenas denigre a imagem das artes marciais. As lutas esportivas devem ser usadas para a defesa pessoal, e até mesmo como esporte (como no caso dos torneios). Nessas lutas, geralmente, os lutadores usam protetores, que é justamente, porque o objetivo verdadeiro das artes marciais não é ferir o semelhante por prazer, mas, sim, aprimorar as técnicas de luta. O objetivo dos torneios é mostrar as técnicas e não ferir o oponente. Condenar as artes marciais por causa de sua origem é coisa de gente imbecil e idiota, pois teria que se condenar outras coisas de origem pagã também, e não só as lutas esportivas. Segundo João Batista (Lucas 3:14) e os apóstolos, Pedro e Paulo (Romanos 13:1-7) e (1 Pedro 2:13-17), combater não é errado. Na Igreja Primitiva, existiam militares cristãos que combatiam e não se envolviam com a idolatria grego-romana, portanto, é possível lutar sem cultuar outros deuses. Hoje, existem academias cristãs onde os alunos não reverenciam quadros, estátuas e tatames (no caso específico do Kung Fu), ou seja, eles não se envolvem com práticas idolátricas. Todos os cristãos têm o direito de pensarem como quiser, mas eles não podem condenar o que não conhecem e nem julgar injustamente irmãos inocentes. Os cristãos podem lutar artes marciais sim, portanto, que se abstenham da idolatria, e não usem a luta para o mal.
AUTOR: Filipe Levi Viasoni da Silva, historiador e professor de História.