Filipe Levi
GUERREIROS DA ESPERANÇA (JUSTIÇA E HONRA)
Deus, o Criador, o Eterno, criou o Universo, as galáxias, os astros e os planetas. Yahweh, o Único Deus, criou a Terra e todos os seus habitantes. Deus também criou o homem a sua imagem e semelhança, mas por causa da desobediência do homem, o pecado afastou o homem de Deus. O pecado era como uma doença, um vírus mortal que se alastrava sobre o mundo, contaminando todos os seres humanos. Por causa do pecado, a morte, a agonia, a dor, o sofrimento, o tormento e a destruição assolavam o planeta. Essa epidemia viral se alastrava sobre a Terra, levando todos os homens a morte. Deus, por amor do seu povo (que Ele mesmo elegeu, escolheu e predestinou antes da fundação do mundo), enviou o seu Único Filho (Jesus) para sofrer e morrer no lugar do seu povo, para que o seu sangue inocente resgatasse os escolhidos de Deus das trevas e os livrasse da morte eterna, os trazendo para a sua maravilhosa luz.
Jesus Cristo, o Messias, andava com as pessoas que eram a escória da sociedade. O Messias Libertador se assentava a mesa com prostitutas e ladrões. Jesus comia e bebia com os pecadores. Cristo era conhecido como o “Amigo das prostitutas e dos pecadores”. Apesar de Jesus nunca ter se envolvido com os Zelotes (grupo armado de guerrilheiros radicais que pretendiam derrubar o Império Romano do poder), Ele nunca foi “Hippie” (paz e amor) e nem um grande pacifista. Jesus elogiou a fé e a integridade de um centurião e reconheceu que o poder que Pôncio Pilatos tinha foi concedido por Deus. João Batista, o seu precursor, em uma ocasião, batizou alguns soldados que lhe perguntaram o que eles deveriam fazer para agradar a Deus, e em nenhum momento, João Batista lhes recriminou por serem militares, pelo contrário, ele lhes incentivou a permanecerem no serviço militar, portanto, que eles fossem soldados justos e honestos (Lucas 3:14).
Jesus Cristo, o Messias, foi traído por um dos seus apóstolos, que se enforcou mais tarde por causa do remorso de tê-lo traído. O Messias foi ferozmente espancado e torturado com torturas indescritíveis. Depois, Jesus foi obrigado a carregar a sua própria cruz onde Ele seria crucificado. Cristo foi pregado vivo numa cruz, onde Ele derramou o seu precioso e poderoso sangue, pelo qual purificaria todos os nossos pecados. Jesus Cristo, o Messias, morreu, mas no terceiro dia ressuscitou, vencendo a morte e o pecado, porque Ele é o Grande Libertador de Israel (Aquele Que Venceu a Morte). Cristo tem as chaves da morte e do Inferno. O Nome de Jesus é o Nome que está sobre todos os nomes. O Rei dos reis e o Senhor dos senhores. O Rei legítimo de Israel. O verdadeiro herdeiro do trono de Davi. O verdadeiro Rei dos judeus. Esse é Jesus, o Filho de Deus.
Os primeiros seguidores de Jesus eram conhecidos como os nazarenos, mas em Antioquia da Síria, eles passaram a serem conhecidos como “cristãos”. Os seus doze apóstolos eram os principais líderes da Igreja Cristã. Paulo e Pedro foram os mais importantes deles. Nas primeiras décadas, o Império Romano não importunou os cristãos, mas, sim, o Sinédrio (liderado pelos malditos fariseus, os religiosos hipócritas e falsos moralistas que Jesus tanto combatia). Em 64, com o incêndio que devastou Roma, Nero, acusou os cristãos de tê-lo provocado, e com isso, começou uma grande perseguição contra a Igreja Cristã. Em 66, começou a Revolta Judaica, liderada principalmente pelos Zelotes. Em 68, com a morte de Nero, quando o imperador foi cercado pela própria Guarda Pretoriana, que pretendia torturá-lo e matá-lo, Nero, preferiu se suicidar a ser capturado e sofrer nas mãos dos guardas pretorianos. Em 69, Vespasiano, que liderava o Exército Romano contra os judeus, teve que voltar para Roma para assumir o trono. O general Tito, o Abominável da Desolação, liderou os soldados romanos em seu lugar. Em 70, Tito destruiu o Templo de Jerusalém e derrotou a resistência, sufocando a rebelião, dizimando os Zelotes. Flávio Josefo, um historiador judeu, que participou da Revolta Judaica, relatou em seus escritos sobre esta grande guerra, e também sobre João Batista e Jesus Cristo.
No Concílio de Jerusalém, em 50, os cristãos judeus e gentios se reuniram para discutir sobre os costumes judaicos na Igreja. Foi decidido entre eles, que os cristãos não praticassem relações sexuais ilícitas, não bebessem sangue e nem comessem animais que morressem estrangulados ou sufocados, e nem comessem alimentos sacrificados aos ídolos. Paulo explica que se os cristãos orarem antes de comerem alimentos sacrificados aos ídolos, e, portanto, que não escandalizassem os irmãos fracos na fé, não seria pecado ingeri-los. Sobre beber sangue, isso era uma prática do contexto judaico, assim como não comer animais que morressem estrangulados ou sufocados, até porque, os pagãos tinham o costume de beber sangue como um ato de adoração para adorarem os seus deuses. Isso era do contexto histórico da época, e não implica em nada os cristãos de hoje, comerem toicinho, galinha ao molho pardo ou ingerir sangue de animais na selva para sobreviver. Sobre as práticas sexuais ilícitas, a Bíblia, a Palavra de Deus, ensina mesmo que o sexo somente deve ser praticado entre um homem e uma mulher no contexto do casamento, fora disso, é pecado e desagrada a Deus.
Nos três primeiros séculos da Igreja Cristã, os cristãos foram perseguidos sem piedade. Os seguidores de Jesus eram presos, espancados, torturados, violentados e mortos das mais terríveis formas possíveis. A maior parte dos cristãos evitava se alistar no Exército e ocupar cargos públicos devido ao culto imperial e os sacrifícios aos deuses pagãos. Muitos soldados romanos que se convertiam ao Cristianismo eram exonerados de seus cargos e executados como traidores, porque se recusavam a prestar culto ao imperador e a sacrificar aos deuses. Apesar de toda essa perseguição por parte do Estado, existiam cristãos entre a Guarda Pretoriana (Os Santos da Casa de César) e um centurião de Cesaréia conhecido como Cornélio. Houve um procônsul cristão em Chipre chamado Sérgio Paulo e o rei de Edessa da Síria chamado Abgaro. Existiram dois cônsules cristãos, Acílio Glabrio e Flávio Clemente. Esses homens investidos de autoridade estavam entre os poucos cristãos primitivos do primeiro século que ocupavam cargos no governo. Apesar de terem existido muitos cristãos primitivos que satanizavam as autoridades governamentais, os apóstolos, Pedro e Paulo, reconheciam que as autoridades legalmente constituídas eram legítimas e necessárias na ordem estabelecida por Deus. Paulo em (Romanos 13:1-7) e Pedro em (1 Pedro 2:13-17), reconheciam que as autoridades governamentais são estabelecidas por Deus e que são ministros de Deus para punir os maus e louvar os bons.
Quando Paulo disse que “a nossa luta não é contra carne e sangue”, ele se referiu à luta da Igreja (instituição religiosa) e não a luta do Estado. O contexto de Efésios 6 é a luta da Igreja, mas o contexto de Romanos 13 é a luta do Estado (que é ministro de Deus). Quando Paulo falou que “as armas da nossa milícia não são carnais”, ele se referiu as vãs filosofias e a capacidade humana, pois o contexto em que ele disse isso nem é sobre armas bélicas. O Estado não pode ter uma igreja; e a Igreja não pode ter uma milícia. A Guerra Física cabe ao Estado lutar; e a Guerra Espiritual cabe a Igreja combater. Quando Cristo ensinou que devemos oferecer a outra face, Ele quis dizer que não devemos ser vingativos, pois em nenhum momento (no contexto desse versículo), Jesus pregou contra a legítima defesa e disse que os cristãos devem ser sacos de pancadas dos outros. No mesmo capítulo, em que esse versículo está inserido, em outra parte Jesus fala que devemos arrancar o olho direito e decepar a mão direita se essas partes do nosso corpo nos fizerem pecar. Obviamente, Jesus usou puro simbolismo (Alegorismo) nessas passagens. Cristo ordenou para Pedro comprar aquela espada que o apóstolo usou para decepar a orelha direita de Malco. Pedro tentou impedir que a profecia sobre Jesus se cumprisse e Cristo quis salvar Pedro da punição de morte que seria aplicada contra ele, se Malco morresse. Jesus não mandou Pedro jogar a espada fora, mas apenas para guardá-la. Paulo reconheceu que o Estado tem o poder da espada (Machaira) que foi concedido e autorizado pelo próprio Deus para punir os malfeitores (dentro da legalidade, de acordo com as leis).
O Sexto Mandamento (Lo Tirsah em hebraico e Ou Foneuseis em grego) sempre se referiu somente ao assassinato criminoso, e nunca a legítima defesa, a matar nas guerras e a pena capital. O verbo hebraico “ratsach” e o verbo grego “foneuo” só eram usados para se referir ao homicídio ilícito, e nunca a matar quando realmente há necessidade, como, por exemplo, na legítima defesa, nas pelejas e na pena capital (pena de morte). Tanto o verbo hebraico “ratsach” quanto o verbo grego “foneuo” são usados somente quando se trata de assassinato, ou seja, do homicídio criminoso. Portanto, matar para se defender ou para proteger alguém não é pecado. A violência pode ter um bom uso quando essa violência é usada como uma contingência (para a defesa própria ou para a proteção dos outros).
Sobre os juramentos, Jesus nunca condenou os juramentos em si, mas, sim, aquelas pessoas mentirosas e sem palavra que precisam se garantir em juramentos para que os outros acreditem que elas estão dizendo a verdade. Além do serviço militar, os médicos fazem juramentos, assim, como o casamento é um juramento de lealdade ao seu companheiro (esposa ou marido).
Os Pais da Igreja, Ireneu de Lyon, Clemente de Alexandria e Eusébio de Cesaréia defendiam abertamente o serviço militar e a Guerra Justa (muito antes de Agostinho de Hipona existir). Clemente de Alexandria além de defender o combate bélico, também defendia a prática de esportes (como o Pancrácio, a arte marcial grega). Clemente de Alexandria também defendia a Resistência ao Tirano, quando um governante era opressor.
Com o Édito de Milão, em 313, os cristãos finalmente conseguiram a sua tão almejada liberdade religiosa e com isso, cessou a perseguição. Em 314, no Concílio de Arles, a Igreja Primitiva reconheceu oficialmente que o serviço militar é bíblico e que é lícito os cristãos se alistarem no Exército. Em 325, no Concílio de Nicéia, o imperador Flávio Valério Constantino, organizou essa reunião entre 318 bispos cristãos que vieram de várias regiões. Neste Concílio, os 27 Livros do Novo Testamento foram reunidos e junto com os 39 Livros do Antigo Testamento, os 66 Livros da Bíblia foram considerados inspirados pelo Espírito Santo de Deus. O Imperador Constantino não poderia ter manipulado este Concílio, pois ele não sabia ler e nem escrever. Constantino apenas se preocupava em resolver as desavenças entre os cristãos (por questões políticas, obviamente), pois ele pouco se importava com a fé cristã de fato (esse imperador somente se converteu ao Cristianismo no final de sua vida). A Igreja Primitiva passou a ser conhecida como Igreja Católica. Antes do Concílio de Nicéia a Bíblia dos cristãos primitivos era o Antigo Testamento (os Livros e Cartas do Novo Testamento só foram reunidos no Concílio de Nicéia).
No começo, o Catolicismo era verdadeiramente bíblico e cristão, mas com o passar do tempo, a corrupção, a idolatria e as heresias dominaram a Igreja Católica, a corrompendo de tal modo, que foi necessária uma Reforma, que só aconteceria no século XVI, provocada por um monge agostiniano chamado Martinho Lutero, um gênio, rebelde e libertador, que ousou questionar e se opor ao poder do Clero e da Igreja Católica. Um homem a frente do seu tempo.
Durante a Idade Média, antes da Reforma Protestante, inúmeras pessoas inocentes acusadas de serem bruxas ou hereges foram queimadas vivas nas fogueiras da Inquisição. Incontáveis pessoas inocentes foram torturadas, violentadas e mortas, acusadas por crimes que nunca cometeram. Com as vendas de relíquias, indulgências e cargos eclesiásticos, muitos homens de Deus (muitos eram do próprio Clero) passaram a discordar e a combater as heresias pregadas pela Igreja Católica e ousaram se opor ao seu domínio e opressão. Durante este tempo, também houve as Cruzadas, que os cavaleiros medievais (apesar de muitos deles serem guerreiros honrados) foram enganados pelo Clero, que distorceu a teologia da Guerra Justa ensinada por Agostinho de Hipona. Tomás de Aquino também apoiava a Guerra Justa, e também a legítima defesa e a Resistência ao Tirano (quando um governante era corrupto e ditador).
Durante a Idade Moderna, no século XVI, os Reformadores, Martinho Lutero, João Calvino e Ulrico Zuínglio, foram os principais provocadores da Reforma Protestante. Os luteranos na Alemanha, os huguenotes na França e os puritanos na Inglaterra (XVII) e muitos outros protestantes empunharam armas para combater os seus perseguidores e para restituir a identidade da Igreja de Cristo.
Com o Avivamento Puritano, que ocorreu depois da Reforma Protestante, a Igreja de Cristo se fortaleceu, mas depois veio à apostasia, e a Igreja passou a se esfriar novamente. Com o declínio do Cristianismo, as heresias passaram a dominar as igrejas evangélicas novamente, e Satanás, o Diabo, distorcendo as Escrituras (como ele sempre fez desde o início dos tempos), passou a ludibriar e a enganar os cristãos com mentiras e heresias destruidoras.
No século XX, aconteceram as Duas Grandes Guerras, onde vários genocídios foram praticados. Com o Nazismo e com o Fascismo, a intolerância ideológica tomou conta de vários corações pré-dispostos para o mal (assim, como o maldito Socialismo que pregava a igualdade social, mas na prática só igualava a miséria dos pobres e enriquecia os seus governantes que eram ditadores cruéis e corruptos). Na União Soviética, na China e na Coreia do Norte foram onde os religiosos (principalmente, cristãos) foram os mais perseguidos. Os cristãos sofreram torturas terríveis, violência sexual e assassinatos bárbaros. Na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha, a Itália e o Japão foram os responsáveis por vários crimes de guerra e atentados contra a humanidade. Adolf Hitler e seus comparsas (Eixo do Mal) praticaram atrocidades em nome do ódio e da intolerância, mas no final, foram derrotados pelos Aliados.
No século XXI, o Terrorismo se fortaleceu e passou a aterrorizar a Europa e os Estados Unidos da America. A China, a Rússia e a Coreia do Norte declararam guerra contra os Estados Unidos e seus aliados. Armas nucleares e bombas de hidrogênio foram usadas, sem contar com armas químicas e biológicas. Armas de destruição em massa foram usadas para dizimar diversos povos. O planeta ficou em chamas. Depois dessa Grande Guerra, houve muita fome na Terra e poucos conseguiram sobreviver.
Por causa da Primavera Árabe (que ocorreu antes da Terceira Guerra Mundial), surgiram muitos grupos terroristas extremistas. Já não bastavam a Al-Qaeda e o Talibã, também acabaram surgindo o Boko Haram e o Daesh, conhecido também como ISIS (Estado Islâmico do Iraque e da Síria). O Boko Haram e o EI (Estado Islâmico) torturavam e assassinavam os seus desafetos das maneiras mais brutais possíveis. Esses terroristas malditos capturavam mulheres inocentes e as escravizavam as tornando em suas escravas sexuais. Existiam muçulmanos moderados, que eram homens bons e guerreiros honrados, que não concordavam com os métodos sujos e brutais do Estado Islâmico, como os Peshmergas (Aqueles Que Enfrentam a Morte) e os Yazidis, que tinham a sua religião própria (existiam mulheres e até cristãos que se alistavam nos exércitos Peshmergas para poderem combater o Estado Islâmico).
Com o avanço da Ciência, animais pré-históricos foram ressuscitados e deformidades e aberrações genéticas também foram criadas em laboratórios clandestinos. A Inteligência Artificial foi criada, e com ela máquinas de matar com autonomia própria passaram a caçar os seres humanos, porque enxergavam a raça humana como ameaça. Os cientistas quiseram criar o soldado perfeito, e acabaram criando mortos-vivos que ficaram fora de controle e que começaram a matar e a comer os vivos. Vampiros e zumbis se espalharam pelo mundo, conquistando e dominando muitas cidades.
Ditadura após ditadura; revoluções e mais revoluções; rebeliões e motins tomavam conta de muitas nações. Os reinos dos homens se destruíam entre si. Nação se levantava contra nação; e reino se levantava contra reino. Era só genocídio e carnificina. Os homens não se entendiam entre si. Na verdade, a humanidade nunca soube se entender.
Depois do cataclisma global, os homens se tornaram mais bárbaros do que já eram. Com o colapso mundial, os homens passaram a se matar e a se massacrar como nunca aconteceu antes. Eles se devoravam literamente entre si. A fome e a miséria assolavam a Terra. A sociedade estava totalmente desestruturada.
Os homens se esqueceram de Deus e dos seus Santos Mandamentos. A corrupção, a maldade, o sadismo, a crueldade, a vilania, a prostituição, a perversão, a depravação, a ganância, a avareza, a idolatria, a feitiçaria, o assassinato criminoso, a covardia, a opressão, a violência sexual, a tortura, o egoísmo e o individualismo das pessoas. O pecado tomou conta de tudo.
No Brasil, a apostasia também tomava conta das igrejas evangélicas, mas aos poucos, os verdadeiros cristãos se posicionavam e o avivamento (de volta as Escrituras) começou a aflorar. Existiam jovens crentes em Jesus que eram profetas de Deus na sua geração. Rapazes que faziam a diferença, porque amavam a Deus e não se contaminavam com a corrupção desse mundo. Existia um grupo de jovens cristãos, praticantes de artes marciais e com treinamento militar que combatiam todos os homens maus que ameaçavam os indefesos e as pessoas que eles amavam.
Carlos era historiador e professor de História. Ele tinha treinamento militar e na Segurança Privada (Vigilante Patrimonial). Carlos praticou Kung Fu, Jiu-Jitsu, Boxe (Pugilismo) e praticava Muay Thai. O Herói era um historiador que acreditava piamente na inerrância das Escrituras, pois para ele a Bíblia era realmente de fato a Palavra de Deus. Carlos era um homem valente que lutava pela verdade e pela justiça, pois ele sempre lutava pelos direitos dos outros.
A Irmandade além de lutar fisicamente (com lutas e armas bélicas) também invocava exércitos espirituais contra aqueles que os atrapalhavam. Carlos estava na lista dos mais procurados dos Adoradores do Diabo. O Herói sempre orava por Adélia, a sua melhor amiga, por quem ele orava e intercedia durante anos por sua Salvação. Chanclas (Satanás, o Diabo) havia aprisionado e escravizado Adélia, que estava sendo preparada para ser sua sacerdotisa. Carlos se reuniu com seus companheiros de armas e formaram um grupo de resgate para resgatar Adélia das mãos de Chanclas (o Símbolo dos ímpios, o Vilão de Gibi).
Baphomet, o deus das bruxas, conhecido também como o Bode de Mendes, era quem junto com Chanclas escravizava Adélia e a subjugava com seu grande poder. Além de seus mercenários e assassinos que lutavam fisicamente, Chanclas e Baphomet também tinham espíritos destruidores sob seu comando que eles enviavam para matar e destruir todos aqueles que os atrapalhavam.
Jericho era um policial íntegro e honesto que apesar das tentações nunca aceitou propinas e subornos. Jericho era um grande aliado de Carlos na luta contra a Irmandade (seita satânica) que constantemente tentava matá-los para tirá-los da jogada.
Dante era um oficial do Exército que era muito amigo de Carlos, pois ambos eram grandes aliados na luta contra o mal. Dante era mestre de artes marciais e um exímio atirador. Um grande guerreiro e combatente que lutava em prol da justiça, sempre protegendo os indefesos e combatendo o mal.
Leonardo era um grande pregador e um valente guerreiro que tinha como a maior ambição de sua vida estar na lista dos mais procurados do Diabo. O seu nome era conhecido no Céu e temido no Inferno. Leonardo era um grande companheiro de Carlos e ambos juntaram as suas forças para combater o Reino das Trevas. Leonardo era um homem de oração que sempre orava e intercedia em favor dos outros.
Lucas era médico e um jovem guerreiro perito em vários tipos de armas e conhecedor de diversos estilos de artes marciais. Lucas era valente e corajoso e estava disposto a morrer lutando pelos seus ideais. Ele não temia a morte e estava disposto a morrer pelos seus amigos.
Satanás, o Diabo, queria destruir esses heróis que tanto atrapalhavam e ameaçavam os seus planos maléficos. Lúcifer reuniu um grupo de deuses pagãos, os demônios mais fortes e poderosos do Inferno para poder eliminar de uma vez por todas esses grandes heróis que tanto ameaçavam o seu reinado de medo, terror e morte.
Merodach, conhecido como Marduk, era o maior dos deuses babilônicos. O Antigo Testamento tremia ao ouvir o seu nome. Esse terrível deus babilônio desafiava o poder e a Soberania do Deus de Israel, o Único Deus digno de ser louvado. O Deus Vivo derrotou Merodach no passado, mas, agora, Marduk queria vingança, e decidiu descontar a sua fúria na Igreja de Cristo, o povo de Deus. Merodach era um homem de barba grande que tinha várias asas nas costas, e carregava uma grande espada consigo com a qual ele decapitava as suas vítimas.
Assur, o antigo deus da Assíria, era o maior deus dos terríveis e sanguinários assírios. Os assírios costumavam retalhar e empalar os seus inimigos. A Assíria era uma nação banhada em sangue. Os assírios eram cruéis e perversos, assim, como, o seu deus, Assur. O maior deus da Assíria tinha muitos poderes e também era extremamente forte.
Moloque, conhecido como Milcom, era um deus amonita temido pelos antigos que exigia o sacrifício de crianças para poder aplacar a sua fúria e a sua sede por sangue inocente. Ele amedrontava as nações do Antigo Testamento. O povo de Israel muitas vezes o adorou no lugar do Deus Único, o Deus Verdadeiro dos hebreus. Moloque era um homem com cabeça de touro que carregava um machado de combate consigo com o qual ele esquarteja as suas vítimas.
Baal, o deus fenício e cananeu que tinha o poder de controlar as estações e a natureza, foi adorado em várias ocasiões pelo povo de Israel no Antigo Testamento. Baal foi derrotado pelo profeta Elias no passado, e jurou vingança contra o povo de Deus por essa derrota humilhante. O povo de Israel estava em dúvida em qual Deus servir, mas Elias e outros profetas exortaram o povo a escolher a qual Deus servir, o deus Baal, ou o Deus de Israel, o Único Deus digno de ser adorado e cultuado.
Baphomet, o deus das bruxas, conhecido como o Bode de Mendes, era um homem com cabeça de bode, que tinha os poderes sobre a telecinese, fogo e gelo. Esse deus celta (de outras mitologias também) era muito adorado e cultuado por todos os bruxos e feiticeiros. Ele era um grande inimigo do povo de Deus, e constantemente afrontava o Altíssimo, o Deus Verdadeiro. O falso deus, Baphomet, era um vilão terrível, mas ele também sucumbiria diante do poderio e coragem dos servos de Yahweh, o Deus de Israel. Baphomet tinha duas asas nas suas costas.
Os heróis foram até uma região onde apenas a escuridão e as trevas reinavam. O ambiente era pesado e tinha cheiro de morte. O local tinha um histórico de dor, de sofrimento e de morte. Apenas a decadência e o sofrimento ditavam as regras nesse lugar. Era o Vale da Sombra da Morte, onde os deuses pagãos (demônios) aguardavam os heróis para enfrentá-los num combate até a morte. Os soldados de Cristo entraram numa fortaleza, que era onde os demônios os aguardavam para lutar.
Moloque, o Milcom, aguardava por Dante, que quando chegou teve que se esquivar várias vezes das machadadas do machado de combate de Moloque. Milcom e Dante trocaram socos, e o herói começou a ser espancado e surrado sem piedade. O deus amonita tinha mãos muito ágeis e Dante não conseguia acompanhar os seus poderosos golpes. O herói com muito esforço e determinação conseguiu contra-atacar Moloque desferindo diversos socos e chutes no deus amonita, que depois de apanhar tanto, ficou desfalecido no chão.
Baal aguardava por Jericho e quando o policial chegou já foi recebido na base da pancada, sendo surrado e espancado sem piedade. Baal usou os seus poderes para matar Jericho e pensou que havia vencido, mas Jericho começou a se defender e a se esquivar de todos os seus ataques e finalmente começou a devolver todos os golpes que recebeu do deus pagão. Baal foi espancado até ficar estirado no chão sem forças.
Merodach, o Marduk, aguardava por Leonardo para lutar contra ele numa batalha até a morte. O deus babilônico sabia que Leonardo era um grande pregador e um grande lutador de artes marciais, e queria enfrentá-lo. Leonardo chegou empunhando um machete (facão) e duelou com Merodach. O deus pagão cortou diversas vezes Leonardo, mas o guerreiro cristão conseguiu desarmar Marduk e feri-lo gravemente, o fazendo recuar, o derrotando vergonhosamente.
Assur aguardava por Lucas para combatê-lo. O deus assírio conhecia bem a fama do lutador cristão, pois ele sabia que Lucas era um grande guerreiro. Quando Lucas chegou, Assur usou todos os seus poderes e suas técnicas de combate para exterminar o jovem lutador, mas o combatente, apesar de gravemente ferido e sangrando muito, usando toda a sua força, e se baseando na sua fé, derrotou Assur usando as suas melhores técnicas.
Carlos entrou em uma sala cheia de ossos e crânios humanos e de animais e de repente foi paralisado pela telecinese de Baphomet.
__Você deve ser Carlos, o historiador cristão, não é mesmo?
__Sim, e você deve ser Baphomet, o deus das bruxas, não é?
__Isso mesmo.
__Pare com essa palhaçada e lute de forma justa comigo!
__Por que eu deveria lutar de maneira justa com você? Eu sou um demônio e não um cavaleiro. Honra e nobreza não servem para mim.
__O que quer de mim?
__Eu soube que você é um historiador. Então, você deve saber que Satanás sempre esteve no controle da História da humanidade.
Carlos se concentrou e usando toda a sua força conseguiu se libertar da telecinese de Baphomet, e, falou, dizendo:
__Errado! Deus é o Senhor da História.
__O que é injusto hoje pode se tornar justo no futuro. Muitas coisas que eram injustas no passado se tornaram justas com o passar do tempo. O que Satanás faz hoje pode parecer injusto, mas no futuro as pessoas agradecerão a ele, e as coisas que ele faz parecerão justas para os humanos. Muitas vezes é necessário praticar atrocidades para se atingir um grande objetivo. O certo e o errado dependem de quem está avaliando. O que pode ser certo para você, pode ser errado para mim, e vice-versa. As coisas que Deus fazia no Antigo Testamento na época eram certas, mas na época da Graça são consideradas erradas. O Diabo não é o vilão da História, mas, sim, Deus. Grandes impérios conquistaram outros povos e dominaram o mundo, porque foram cruéis e dissimulados. A força dita as regras. Os fracos devem servir aos mais fortes sem questionar, porque o forte sobreviverá, e o fraco irá sofrer. Essa é a lei da vida. Essa é a lei da História.
__Idiota!
__O que você disse?
__O mal não é nada além do mal; e a justiça será para sempre justiça. Os mesmos impérios que você citou, caíram e não perduraram. O dever dos fortes é proteger os fracos, e não subjugá-los. Os fortes devem defender os fracos. O certo sempre será certo, e o errado sempre será errado. As Leis de Deus são imutáveis. Deus é imutável. Os seus atributos são imutáveis. Jesus Cristo veio cumprir a Lei, e não aboli-la. Deus estabelece os reis e remove os reis. O Altíssimo coloca no poder a quem Ele quer. Ele levanta os reinos e derruba os reinos como bem entende. Jeová tem o total controle sobre os exércitos da Terra, porque Ele é o Senhor dos Exércitos.
__Se você me derrotar, o seu Deus estará certo. Mas, se eu vencer, Satanás estará com a razão. Que vença o melhor!
__Eu vou contra você, em Nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos Exércitos, que você e seus comparsas têm afrontado. Deus te entregará em minhas mãos. Deus salva, não com lança, nem com espada. Deus salva, não com arma, nem com luta, porque do Senhor é a guerra. Hoje, mesmo, te matarei e entregarei o seu corpo para as aves do céu e para as bestas do campo. Todos saberão que o Deus de Israel é Deus. Que Deus é o Senhor da História! A injustiça nunca será justiça.
Carlos ficou em posição de combate e encarou bravamente o Bode de Mendes, olhando bem dentro dos seus olhos, sem demonstrar nenhum temor.
Baphomet lançou bolas de fogo e rajadas de gelo na direção de Carlos, que se esquivou das magias e avançou desferindo diversos tipos de socos em seu abdômen e rosto. O deus das bruxas o agarrou na traqueia e o suspendeu no ar e começou a socá-lo diversas vezes no estômago e na cara sem dó. Carlos ficou muito machucado com os golpes desferidos contra o seu corpo, e o deus celta o arremessou com tudo contra um pilar. O Herói ficou zonzo, e o Bode de Mendes se aproximou gargalhando sadicamente decidido a matá-lo.
__Prepare-se para morrer! A sua hora chegou! Esse é o seu fim!
__Eu não tenho medo de morrer. Se for necessário, eu me explodo junto com você. Se eu morrer, levarei você junto comigo.
__De que adianta você vencer, se você também morrerá?
__Se for por uma boa causa e por um motivo justo, não pensarei duas vezes em sacrificar a minha vida. Eu estou disposto a morrer lutando contra você. Eu estou preparado para morrer, mas eu escolho morrer lutando.
Carlos se levantou cambaleando, e o deus das bruxas desferiu um soco direto em sua direção, mas o Herói se esquivou, e o golpe desferido acertou o pilar, que se partiu ao meio, e o pilar caiu bem em cima de Baphomet. Carlos aproveitou a situação e subiu em cima de Baphomet e desferiu vários socos cruzados em seu rosto. O Herói pegou uma grande pedra, e começou a golpear a cabeça do Bode de Mendes, até desfigurá-la e destruí-la.
Os combatentes cristãos foram até a Sala Real, que era onde o rei (comandante e líder dos demônios) se encontrava. Satanás, o Diabo, os aguardava para o confronto. O Rei do Mal os esperava.
Baal-Zebube, o Senhor das Moscas, se levantou de seu trono e ele estava revestido por uma armadura negra, trajava vestimentas vermelhas e uma capa também vermelha. Nas ombreiras de sua armadura tinham várias lâminas pontiagudas e tinham lâminas cortantes em seus braceletes também. Ele segurava um grande tridente e carregava uma grande espada guardada em uma bainha presa a sua cintura.
A Sala Real estava repleta de cabeças humanas por todos os lados (de homens, de mulheres e até de crianças) e em volta de seu trono havia vários cadáveres de pessoas empaladas em estacas de madeira e lanças de ferro.
__Finalmente, vocês chegaram! Eu aguardava por todos vocês. Devo lhes dar os parabéns por terem conseguido derrotar os meus melhores guerreiros e por terem chegado até aqui. Tenho uma proposta para fazer a vocês. Quero evitar derramamento de sangue desnecessário. Eu proponho uma trégua.
Carlos, o historiador, mirava a sua pistola para o rosto do Príncipe das Trevas, e falou, dizendo, com ódio no olhar:
__Com esse cenário na sua Sala Real, deu para perceber que você quer evitar derramamento de sangue mesmo. Não queremos negociar com você. Não adianta fazer papel de bonzinho para cima da gente, que nós não vamos cair na sua conversa fiada.
__Gostaria que você soubesse que eu não tenho nada a ver com a sua infelicidade. Todas as vezes que tentei te matar, não foi nada pessoal. Eu só precisava tirar o que me atrapalhava no caminho. Eu nunca afastei as mulheres de você. Não fui eu que matei os seus amigos. Se você quiser, eu posso te tornar no maior guerreiro que já existiu na face da Terra. Eu posso te tornar num grande lutador. Eu posso trazer os seus amigos de volta. Eu posso te dar uma linda e maravilhosa mulher do jeito que você gosta. Claro, se você se prostrar diante de mim e me adorar.
__Por que eu deveria confiar em você?
__Não fui eu que te sacaneei. Eu não sou o vilão, eu não sou o bandido. Foi Deus quem te sacaneou. Não eu. Eu posso devolver tudo o que você perdeu. Eu posso realizar todos os seus sonhos. Eu posso te tornar num homem verdadeiramente feliz. Não resista, Carlos! Venha comigo massacrar todos os homens e construir um mundo novo. Torne-se um discípulo do salvador da Terra. Eu pretendo construir um mundo novo. Quero ser um deus muito melhor do que o Altíssimo. Junte-se a mim, Carlos! Eu posso te dar um lugar de honra no meu reino. Ajoelhe-se diante de mim, Carlos, e jure obedecer ao verdadeiro governador! Eu sou o verdadeiro deus!
__Eu sei que vou me ferrar! Eu sei que vou levar a pior! Sei que nunca serei feliz aqui na Terra, mas, mesmo, assim, eu serei leal ao Deus de Israel. Eu busco a Deus por amor, e não por medo. Eu não o busco para poder barganhar para poder conseguir algo em troca. Eu busco a Deus pelo que Ele é, e não pelo que Ele pode me dar. Mesmo, que eu seja infeliz aqui na Terra, não tem problema. Eu terei muito tempo para ser feliz no Céu.
Os Guerreiros de Adonai cercaram Baal-Zebube, o Senhor das Moscas, e o Rei do Mal se movendo na velocidade da luz os golpeou diversas vezes. Os heróis lutavam com muita bravura contra o Senhor das Sombras. Os Guerreiros de Cristo apanhavam muito do Príncipe das Trevas, mas continuaram lutando bravamente e não se entregaram. Satanás, o Diabo, usou diversos poderes e magias para feri-los, mas eles permaneciam de pé pelejando. Lúcifer não era uma ninfeta tocando harpa, mas ele era um mestre na arte da guerra. Um perito em batalhas. Uma máquina de matar. Um exímio lutador. Um grande guerreiro. Carlos e seus amigos começaram a golpeá-lo algumas vezes, o ferindo consideravelmente. O Rei do Mal percebendo que os heróis não desistiriam, resolveu fugir, para poder enfrentá-los num outro dia.
Os Guerreiros de Deus saíram da fortaleza, junto com Adélia, que agora era livre, voltando para a Civilização. O pecado continuava contaminando os homens e a maldade ainda se alastrava sobre o planeta, mas os verdadeiros cristãos eram o sal da Terra e a luz do mundo. A Guerra entre o bem e o mal ainda estava longe de acabar. Faltavam muitas coisas ainda para acontecer antes de Jesus retornar para buscar a sua Santa Igreja, pois ainda havia profecias para serem cumpridas.
O que confortava os cristãos era a certeza da vida eterna (conquistada através do sacrifício de Jesus). Por meio da Graça de Deus, os homens podiam ser salvos da condenação do pecado. A Cruz vazia era o verdadeiro símbolo da vitória da vida sobre a morte. Jesus venceu a morte e o pecado. O sangue de Jesus é a cura para o pecado. Essa é a vitória da vida sobre a morte.
Assim, os heróis conseguiram derrotar os assassinos enviados por Satanás. Os guerreiros de Deus, os soldados de Cristo, triunfaram mais uma vez, mas a Guerra entre o bem e o mal ainda não havia acabado. Era apenas o começo.
AUTOR: Filipe Levi Viasoni da Silva, historiador e professor de História.